sábado, 3 de dezembro de 2011

Pintores Portugueses do século XX (Lista ordenada por data de nascimento)

José Malhoa (1855-1933), nasceu nas Caldas da Rainha, pintou predominantemente ente 1885 3 1933.. Integrou o estilo naturalista com influência do Impressionismo Francês da escola de Paris. Pertenceu ao Grupo do Leão de 1885 de Naturalistas portugueses.
Eduardo Viana (1881-1967), nasceu em Lisboa, pintou mais intensamente entre 1916 e 1968.
Francis Smith (1881-1961), nasceu em Lisboa, pintou mais intensamente entre 1011 e 1963.
Mily Possoz (1888-1967),nasceu em Lisboa, pintou mais intensamente entre 1913 e 1923.
Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), nasceu em Amarante, pintou intensamente entre 1913 e 1918.
Abel Manta (1888-1982), nasceu em Gouveia, pintou mais intensamente entre 1927 e 1954.
Santa-Rita (1889-1918), nasceu em Lisboa, pintou mais intensamente entre 1910 e 1912.
Dórdio Gomes (1890-1976), nasceu em Arraiolos, pintou mais intensamente entre 1923 e 1946.
Almada Negreiros (1893-1970), nasceu  em São Tomé, pintou mais intensamente entre 1913 1968.

Jorge Barradas (1894-1971), nasceu em Lisboa, pintou mais intensamente entre 1926 e 1945.
Sara Afonso (1899-1983), nasceu em Lisboa, pintou mais intensamente entre 1937 e 1939.
Mário Eloy (1900-1951), nasceu em Lisboa, pintou mais intensamente entre 1924 e 1950.  A sua pintura tem influências diversas entre as quais o impressionismo francês, o cubismo neoclássico de Picasso, o surrealismo fantástico de Daly.
Domínguez Alvarez (1906-1942), nasceu no Porto, pintou mais intensamente entre 1927 e 1937.
Helena Vieira da Silva (1908-1992), nasceu em Lisboa, pintou mais intensamente entre 1934 e 1962, Modernista e Contemporânea de estilo predominantemente abstrato lírico e construtivista.
António Pedro (1909-1996), nasceu em Cabo Verde, pintou mais intensamente entre 1935 e 1946.
Augusto Gomes (1910-1976), nasceu em Matosinhos, pintou mais intensamente entre 1950 e 1962.
Cândido Costa Pinto (1911-1977), nasceu na Figueira da Foz, pintou mais intensamente entre 1939 e 1946.
Paulo Ferreira (1911), nasceu em Lisboa, pintou mais intensamente entre 1921 e 1940.
Joaquim Rodrigo (1912), nasceu em Lisboa, pintou mais intensamente entre 1951 e 1981.
António Dacosta (1914), nasceu em Angra do Heroísmo, pintou mais intensamente entre 1942 e 1981.
João Hogan (1914-1988), nasceu em Lisboa, pintou mais intensamente entre 1942 e 1960.
Júlio Resende (1917-2011), nasceu em Porto, pintou mais intensamente entre 1948 e 1977.
Nadir Afonso (1920), nasceu em Chaves, pintou mais intensamente entre 1943 e 1959.
Cruzeiro Seixas (1920), nasceu em Lisboa, pintou mais intensamente entre 1948 e 1972.
Sá Nogueira (1921), nasceu em Lisboa, pintou mais intensamente entre 1948 e 1972.
Fernando Azevedo (1923-2002), nasceu em Vila Nova de Gaia, pintou intensamente entre 1947 e 2002. Foi fundador do grupo Surrealista de Lisboa entre (1947-51).
Fernado Lanhas (1923), nasceu em Lisboa, pintou mais intensamente entre 1943 e 1969.
Mário Cesariny (1923-2006), nasceu em Lisboa, pintou intensamente entre 1950  e 1994. Pertence ao grupo Surrealista Português.
Paula Rego (1935-   ) nasceu em Lisboa, pintou intensamente entre 1950  e 2010. A sua pintura é de  influência Surrealista e Neo-Realista de raiz Expressionista.

Pintura Portuguesa Moderna e Contemporânea do Século XX

Segundo Rui Mário Gonçalves as obras modernas realizadas no século xx resultaram essencialmente da vontade dos artistas. No entanto, a liberdade interior dos artistas deste século apela para a liberdade de cada uma das pessoas que são o seu público. E são os artistas que formam o seu público e deste modo este encontra de modo fecundo a sua aproximação com as obras, tendo em conta sempre a personalidade dos seus autores.
Segundo este mesmo autor o público sabe instintivamente que a sociedade pode ditar os conteúdos, fornecer os materiais e condicionar os meios de comunicação, mas o artista encontra eficácia na fusão dos conteúdos e expressão e cada artista tem o seu modo próprio de evoluir.

Este modo de compreensão das obras de arte deste período histórico não é completo mas é claramente imprescindível. A vontade de criar uma obra de arte em Portugal merece-nos uma atenção especial por dois motivos distintos mas simultâneos: ser detentor de uma enorme vontade de criar pois a sociedade portuguesa tem a tendência de as rejeitar logo que elas surgem; a existência de uma clara distância entre o público e a arte, distância que tem vindo a diminuir pela insistência da própria produção artística.
A falta de entendimento da arte moderna pelo público português não é pela falta da sua explicação mas sim pela falta de consciência da necessidade da arte e o desconhecimento das tradições da expressão plástica no nosso país e a falta de aproximação e observação atenta das obras produzidas. As obras de arte ensinam a olhar, umas através das outras. Desta forma não só se conhecem as obras de um modo global como se compreende mais profundamente as de um artista ao longo da sua vida.Através desta observação atenta pode-se reconhecer o seu tipo de organização psicológica e assim permite ao observador contemplar as obras de um modo pleno e activo, permite reconhecer mais facilmente o cromatismo, o sentido de proporções, as opções temáticas e assim compreender melhor a expressão artística de cada um dos artistas observados. O acesso ao estilo de cada um dos artista através da sua pintura torna mais fácil e mais emocionante. Não podemos esquecer que os artistas muitas vezes entre-cruzam as suas vidas e estilos e este facto permite também compreender melhor o sentido visual do pensamento contemporâneo.